quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mestres - Black Sabbath


O disco foi lançado em 7 de agosto de 1983 e foi direto para o 4o posto da parada britânica, coisa que eles não conseguiam desde o “Sabbath Bloody Sabbath”, lançado exatos 10 anos antes. O disco tinha uma gravação bem “estranha”, o som é propositalmente abafado, com a guitarra de Iommi soando meio ”estourada” e estridente. O próprio já declarou que simplesmente odeia o disco: “Fomos obrigados a gravar o disco com os amplificadores estourados, eles foram danificados durante as gravações e ninguém percebeu!”.
Ouvindo o álbum, a abertura com “Trashed” era pau puro. Vigorosa e empolgante, chegando até a merecer um clip hilário, tipo “A volta dos Mortos Vivos”. “Disturbing the Priest” era de assustar, pesadíssima, harmonias de guitarra dissonantes, berros endiabrados e letra diabólica – tudo o que o Sabbath precisava nesse novo e difícil parto. Outro clip promocional foi rodado para “Zero the Hero”, que também é um ponto alto do disco, com seu riff super plagiado (até pelo Guns N’ Roses em Paradise City). Mais pancadaria em “Digital Bitch” e “Hot Line”, e uma pequena obra prima – a linda balada “Born Again”, cheia de clima e emoção – uma das melhores composições da banda. Já a capa é de extremo mau gosto, causando repulsão até hoje. Ela foi desenhada por Steve “Krusher” Joule, que na época fazia as capas dos discos de Ozzy e as ilustrações para a revista Kerrang. Ele ofereceu a capa para Tony Iommi, crente que o guitarrista recusaria a arte. Ledo engano, pois Iommi adorou o desenho, ao contrário de Gillan que declarou posteriormente: “Quando eu vi aquela capa fiquei com vontade de vomitar! Assim como quando ouvi a mixagem final do disco”.

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